quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009




" R & B "

...23 de Fevereiro de 2008
.........Obrigado Flávia.......

O afecto tão facilmente demonstrado
Num olhar que move o mundo
E tanto há para ser dado
Num sorriso tão profundo


...
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very unnecessary
They can only do harm
...
"Enjoy The Silence" Depeche Mode
...e agora um recordar, um recordar intenso da vida e dos seus mais belos prazeres...



A existência de todos os objectos – seja qual for a sua natureza – está condicionada pela imagem em que esses objectos virão a tornar-se. Hoje em dia tudo existe para vir a ser uma fotografia. Como se a fotografia passasse a ser a essência, a natureza das coisas, em vez de ser apenas a sua aparência. É por isto que o ritmo de consumo de imagens é cada vez mais frenético. E contudo as imagens são objectos frágeis que facilmente se rasgam, se perdem ou se manipulam. Imagens dependem de contextos – nada explicam por si mesmas. Mas as imagens despoletam também todos os mecanismos de dedução, especulação e fantasia.

Coleccionar fotografias é coleccionar o mundo. Observar o mundo como se fosse constituído por estes fragmentos obriga a recordar, pensar, acusar, exaltar, consolar, atormentar, sentir – sentir mais? Qual é a natureza do mundo, tendo em conta que o partilhamos com os outros? Todos os dias somos bombardeados com milhares de imagens que mostram a ilimitada perversidade humana. Hoje, já ninguém usa a expressão “parecia um sonho” – quando se deseja exprimir a incapacidade de assimilar de imediato uma catástrofe diz-se: “parecia um filme”. A dimensão de realidade que as imagens adquiriram ultrapassou todas as expectativas. E, no entanto, se as imagens são apenas superfície, aparência, o que é que está por detrás delas? Susan Sontag